quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

SURTO DE SARNA NO HOSPITAL DO BARREIRO

A falta de autorização para limpeza hospitalar e gerenciamento desses resíduos pode ser uma das causas do surto de sarna ocorrido no Hospital do Barreiro, em Belo Horizonte. A denúncia foi feita à Itatiaia por funcionários e também ex-trabalhadores. O Consórcio Novo Metropolitano, que compõe a Parceria Público Privada (PPP) do hospital, nega que a empresa Gocil não tenha licença para limpeza de lixo hospitalar.

Porém, trabalhadores garantem que a empresa é responsável pela segurança, portaria e limpeza, mas não tem autorização para limpeza hospitalar e o gerenciamento desses resíduos. O serviço fora das normas teria ocasionado o surto de sarna no hospital.
“Essa empresa Gocil não tem licença para realizar limpeza hospitalar, tampouco fazer a coleta de resíduos como é feita. Todos os funcionários têm acesso à coleta de resíduos, eles colocam resíduos nos quartos dos pacientes e têm dois funcionários que pegam os resíduos recolhidos nos quartos e levam para um abrigo. Lá, eles colocam em bombonas que têm infectantes e não infectantes. Não tem roupa adequada. O surto de sarna que teve no hospital foi no quinto andar. Vários funcionários pegaram e o hospital e a empresa não prestaram nenhum suporte”.
Resposta
Ao todo, segundo Consórcio Novo Metropolitano, 70 funcionários contraíram a doença, 30 ainda não retornaram ao trabalho, o que deve acontecer ainda nesta semana. Ainda de acordo com o consórcio, o hospital está funcionando normalmente e nenhuma cirurgia foi cancelada.
O presidente do consórcio, Roberto Alencar, garante que Gocil  tem todas as licenças necessárias para o serviço que presta no hospital e  que as denúncias podem ser vingança de algum funcionário demitido.
A Secretaria Municipal de Saúde respondeu que um paciente com com escabiose (sarna) deu entrada na unidade no final de novembro de 2018. Por se tratar de uma doença de fácil transmissão, alguns funcionários que tiveram contato com o paciente foram infectados.
O período de incubação da escabiose é de seis a oito semanas e, portanto, os casos de funcionários só foram diagnosticados em janeiro.
FONTE ITATIAIA ONLINE

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