O tempo cura tudo. As palavras podem não ser as mais sensíveis, mas
parecem ser as mais sensatas para consolar uma mãe que perdeu o filho e
não consegue enxergar motivos ou justificativas para isso. São as
palavras que dona Malvina Firmina Nunes, de 61 anos, mais ouve nos
últimos dias. Mas para ela, o tempo não tem passado.
Todo dia que se inicia traz consigo a lembrança do filho, Peterson
Nunes Ribeiro, de 35 anos, que morreu em decorrência do rompimento da
barragem da Vale, em Brumadinho. A dor, que dilacera o coração de mãe,
não cabe em palavras.
As lágrimas, que caem em abundância representam o sofrimento que fez
morada em seu caminho e tira suas forças para prosseguir. Dona Malvina
quer respostas, quer Justiça, quer o mínimo diante do que perdeu. Pelo
filho, as palavras saltam e o recado é claro.
“Parece que foi agora, neste exato momento. Parece que eu estou vendo
meu filho pertinho de mim. Eu não acredito que ele morreu. Eu não
aguento dividir essa dor com ninguém”, desabafa.
FONTE ITATIAIA ONLINE
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