Seis pessoas foram presas por crimes de estelionato na operação Credial
da Polícia Civil desencadeada nos estados do Paraná, Goiás, Distrito
Federal, Pará, Tocantins, Espírito Santo e Minas Gerais. Os trabalhos
foram chefiados pelo delegado Tiago Cruz Ferreira, da delegacia de
Conquista, no Triângulo Mineiro. A primeira denúncia aconteceu nessa
cidade, há quatro meses, quando começaram as investigações.
Segundo a Polícia Civil, a quadrilha era formada por onze pessoas. O
golpe consistia na distribuição de panfletos da suposta empresa "Credial
Financeira" por esses estados, oferecendo empréstimos, porém com a
exigência de depósitos para garantir a transação.
As prisões aconteceram na última sexta (19). Uma mulher foi detida no
bairro Jardim dos Comerciários, região de Venda Nova, em Belo Horizonte;
outro foi preso no Paraná; quatro em Aparecida de Goiânia (GO), entre
eles um homem de 64 anos, chefe da quadrilha. Outros cinco envolvidos
estão foragidos, entre eles um adolescente de 17 anos.
"A vítima tinha duas opções: ela poderia apresentar dois avalistas com
imóvel próprio e escriturado na mesma cidade em que ela residisse ou
fazer o pagamento de uma taxa-seguro, geralmente de 2,5% do que seria
emprestado, para que o valor fosse pago à financeira pela seguradora no
caso de inadimplência", explicou o delegado.
Para que a pessoa acreditasse no golpe, o valor do empréstimo era
depositado em sua conta, com os chamados "cheques chiquita" (talões
enviados por bancos a clientes reais e desviados por falsários). "Antes
de fazer o depósito, a vítima ia até o banco, tirava um extrato ou
ligava para o gerente e era informada que o valor estava na conta, mas
dependendo de liberação", detalhou Tiago.
As funções dentro da quadrilha eram as de panfletagem, "telemarketing",
e empréstimos de contas dos envolvidos. Esses recebiam em média 20% do
valor depositado pela vítima.
Ao fim de dois, três dias, a vítima retornava a ligação para a "Central
de Atendimento", que justificava o bloqueio do cheque por conta de
pendências do cliente com a Receita Federal, e, de novo, pedia que ele
depositasse, a título de cobrança de IOF (Imposto sobre Operações
Financeiras), de R$ 350 a R$ 450. Caso a vítima continuasse apostando na
possibilidade de empréstimos pela Credial, ela ainda poderia fazer
outros depósitos para "Taxa de Abertura de Crédito", até que
desconfiasse do golpe.
Com eles foram apreendidos várias caixas de panfleto, envelopes para
depósitos bancários, bloco de ficha cadastral, computadores, cartões,
RGs falsos, CNHs e R$ 1.700 em dinheiro. A estimativa da Polícia Civil é
que os golpistas desviavam cerca de R$ 2.500 por semana.
Os detidos foram encaminhados para as delegacias de suas cidades.
As investigações contaram com apoio das delegacias dos estados citados
acima e ainda com a Delegacia Regional de Araxá (MG); e com o 5º
Departamento em Uberaba (MG).
FONTE JORNAL SUPER ONLINE
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